Jogos contra o Paraguai foram os mais complicados nas Eliminatórias em 1969 6z4x5r

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Apesar das dificuldades, a equipe nacional venceu o adversário duas vezes

  • Por Thiago Uberreich
  • 10/06/2025 09h00
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DOMICIO PINHEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO Pelé marca o gol da vitória do Brasil por 1 a 0 sobre o Paraguai, no estádio do Maracanã, pela última rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970 Pelé marca o gol da vitória do Brasil por 1 a 0 sobre o Paraguai, no estádio do Maracanã, pela última rodada das Eliminatórias para a Copa de 1970

Em um tempo em que o formato das Eliminatórias da Copa era mais simples do que hoje, a seleção brasileira garantiu a classificação para o México, em 1970, justamente com uma vitória sobre o Paraguai, no Maracanã, mesmo adversário de hoje, em São Paulo, no segundo jogo sob o comando do italiano Carlo Ancelotti

Campanha da seleção nas Eliminatórias de 1969

  • Brasil 2 × 0 Colômbia – 06/08/69  – Bogotá
  • Brasil 5 × 0 Venezuela – 10/08/69  – Caracas
  • Brasil 3 × 0 Paraguai – 17/08/69  – Assunção
  • Brasil 6 × 2 Colômbia – 21/08/69 – Rio de Janeiro
  • Brasil 6 × 0 Venezuela – 24/08/69  – Rio de Janeiro
  • Brasil 1 × 0 Paraguai – 31/08/69  – Rio de Janeiro

Em 1969, a equipe brasileira ainda era treinada pelo jornalista João Saldanha e venceu todas as partidas, com direito a goleadas, principalmente contra a Colômbia e a Venezuela, nas partidas de volta, no Maracanã

As seleções da América do Sul foram divididas em três grupos para a disputa e o vencedor de cada chave estaria garantido na Copa do Mundo. Brasil, Uruguai e Peru, que eliminou a Argentina, foram os classificados. 

A base do Brasil era formada por Félix, Carlos Alberto, Djalma Dias, Joel Camargo e Rildo; Piazza e Gérson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Edu. Vale comparar essa escalação com a da final de 70: Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo e Gérson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivellino.

Tostão foi o artilheiro da seleção nacional nos duelos eliminatórios com dez gols. Na primeira partida contra a Venezuela, o tempo inicial terminou empatado: 0 a 0. Irritado, João Saldanha não deixou os jogadores entrarem no vestiário durante o intervalo: “Voltem lá e acabem com eles”. No segundo tempo, os craques canarinhos fizeram cinco gols. 

Os jogos contra o Paraguai foram os mais difíceis. Na partida de ida, a seleção enfrentou a pressão da torcida. Em frente à concentração brasileira, os torcedores locais faziam barulho, soltavam rojões e tentavam atrapalhar o sono dos jogadores. De acordo com o relato do jornalista Solange Bibas, teve até uma briga que envolveu atletas brasileiros e o próprio Saldanha com um grupo que estava em frente à concentração.

Já no estádio, o treinador ordenou que os jogadores fossem direto ao gramado, antes de ir para os vestiários. Eles levaram uma vaia descomunal e foram alvo de tudo quanto é tipo de objeto. Depois, quando efetivamente os atletas entraram em campo para a partida, os torcedores já não tinham mais o que atirar no gramado. Apesar de toda pressão, o Brasil venceu por 3 a 0, gols de Mendoza (contra), Jairzinho e Edu. Na partida de volta contra o Paraguai, em 31 de agosto de 1969, Pelé fez o gol salvador. Oficialmente, o Maracanã recebeu naquele dia mais de 180 mil torcedores, empolgados com o desempenho da seleção. 

Abaixo, ouça um disco comemorativo, lançado pela Rádio Globo, com os melhores momentos da seleção nas Eliminatórias de 1969. Os jogos são narrados por Waldir Amaral. 

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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